tag:blogger.com,1999:blog-7498791.post3709837125993464357..comments2024-03-21T07:34:30.258+00:00Comments on Ler BD: Punisher, Black Widow, Deathlok. Nathan Edmondson et al. (Marvel)Unknownnoreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-83763190426170342672015-07-26T11:34:53.910+01:002015-07-26T11:34:53.910+01:00Olá, David.
Como sempre, o teu olhar é na mosca, d...Olá, David.<br />Como sempre, o teu olhar é na mosca, desasada mas mantendo-se viva. Todavia, não poderíamos estender essa noção de ser anti-lei, mas mantendo todos os outros equilíbrios normativos da sociedade (ou establishment), como informando as fantasias da esmagadora maioria da ficção em torno de "heróis", sejam estes mais ou menos violentos? E a ideia das prisões como "escolas de crime" é muito justa (sem ironia), sobretudo nos Estados Unidos. Não estou a desculpar o sistema judicial ou prisional português, que está pejado de problemas gravíssimos, mas nos EUA a privatização das prisões levou mesmo a uma nova indústria e a uma das maiores conquistas (abjectas) do capitalismo sobre o labor prisional. <br />Enfim, mas como o "Parker" de que escrevi há pouco, também o "Punisher", e o "Batman" e tanta outra coisa, são fantasias que alimentam algumas das sombras mais negras dos nossos desejos. Importa que o alimentemos mais saibamos quando estar acordados.<br />PedroPedro Mourahttps://www.blogger.com/profile/13850102500313668884noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-24379074674940905672015-07-22T16:46:55.414+01:002015-07-22T16:46:55.414+01:00Olá, meus caros.
Gostei destas reflexões. Não li ...Olá, meus caros.<br /><br />Gostei destas reflexões. Não li nenhumas das obras analisadas, porque há muito tempo que deixei de ler ficção, tanto em prosa como em bd, e somente vou prestando atenção a títulos muito pontuais de autores que me interessam mesmo muito. O tempo é curtíssimo, de facto.<br /><br />No entanto, tenho vontade de contribuir com uma ideia que poderá ser útil (e vou fazê-lo do modo mais sintético possível, para não vos roubar muito tempo):<br /><br />- a personagem Punisher, pelo menos desde a sua encarnação plasmada em «The Punisher» (de 1986), composta por cinco títulos («Circle of Blood», «Back to the War», «Slaughterday», «Final Solution» e «Final Solution: Part 2»), escrita por Steven Grant e desenhada por Mike Zeck e Mike Vosburg, afasta-se totalmente da configuração inicial, surgida nos comics do Homem-Aranha, na qual ela era uma espécie de vilão obcecado com a lei.<br /><br />Ora, é aqui que reside a chave para entender a personagem: enquanto vilão, nessa configuração inicial, o Punisher era obcecado com a lei (matando indiscriminadamente bandidos e civis, desde que desrespeitassem a lei - traficar droga, deitar lixo ao chão, etc.). No entanto, a partir da mini-série escrita por Steven Grant, ele torna-se um anti-herói já não obcecado com a lei, mas com a justiça.<br />É por essa via que o Punisher se ergue contra os sistemas da sociedade: estes estão montados para promover, conservar e aplicar a lei -- e a lei é um fim em si mesmo, segundo os alfarrábios de filosofia de direito. A lei não está, verdadeiramente, preocupada com a justiça (como vos dirão qualquer bom jurista): a lei está preocupada em manter a ordem e em punir os crimes que, segundo a sua óptica, mais danosos são para essa mesma ordem (daí que crimes de outrora, hoje sejam observados pelo direito como sendo, apenas, desvios de ordem ética ou até moral, ao arrepio das penas criminais.<br /><br />Assim, o Punisher não é, no fundo, anti-establishment - ele é, sim, anti-lei, que considera injusta, fria, ineficaz e incapaz de consolar os indivíduos. Transferindo a sua experiência militar para o campo da justiça por ele aplicada, ele produz justiça através de métodos de guerrilha, que vão ao encontro dos métodos dos próprios indivíduos criminosos; eles próprios já muito longe da imagem do criminoso comum e fortalecidos em cartéis, gangues paramilitares e pequenos exércitos de mercenários. Ou seja, não existirá, ao fim e ao cabo, uma disparidade de métodos muito grande entre justiceiro (e aqui a tradução brasileira do nome da personagem está correctíssima -- embora acidentalmente, é certo, pois certamente quem a fez não terá pensado nestas matérias) e os criminosos que ele elimina. <br /><br />O Punisher elimina os criminosos porque não acredita na reabilitação. Aliás, nem sequer a lei, a que ele se opõe, acredita na reabilitação, usando as cadeias como meros depósitos de criminosos, algumas tornando-se autênticas escolas do crime ou pequenos centros de comando para operações externas. O seu pendor para a eliminação do inimigo corresponde-se, directamente, com a sua descrença na lei. O Punisher é anti-lei e pró-justiça.<br /><br />Abraços,<br />David SoaresDavid Soareshttps://www.blogger.com/profile/17933061362956011218noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-35791800957719708602015-07-14T17:03:33.966+01:002015-07-14T17:03:33.966+01:00O meu tempo é teu, Isabelinho, sem problemas. É as...O meu tempo é teu, Isabelinho, sem problemas. É assim que aprendo também a pensar e a argumentar, tendo sido uma das pessoas que mais me tem obrigado a fazê-lo. E, sim, voltamos sempre aos mesmos suspeitos. Eu não li o livro do Kyle, a não ser bocados, que alguém que leu me deu a ver, comparando ao filme... Parece que o Eastwood fez uma acção de cosmética face ao que o próprio sniper escreveu nas suas memórias, comprovadamente racistas, violentas ou, mas não digo isto de modo simplista, doentias. Pode-se argumentar que o filme não é a verdade histórica, mas contribui para a sua construção enquanto "herói". É possível que "Punisher" esteja também nesse edifício, não fosse porque o seu símbolo é um dos mais imitados por "tropas especiais" (não sei o termo específico para os ramos mais preparados para... enfim... matar...). A constelação é apertada, e Eichmann está sempre à espreita, pelos vistos.<br />PedroPedro Mourahttps://www.blogger.com/profile/13850102500313668884noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-2049246550013643582015-07-14T13:21:30.648+01:002015-07-14T13:21:30.648+01:00Obrigado pelos teus esclarecimentoe e, sobretudo, ...Obrigado pelos teus esclarecimentoe e, sobretudo, pelo teu tempo, Pedro! Como não leio estas coisas fico-me por ideias estereotipadas do que é suposto elas serem (suponho que raramente me engano, copmo diria o nosso querido presidente). Essa sempre foi a crítica mais legítima que me fizeram no Comics Journal Messboard. A minha resposta sempre foi que a vida é curta e não me apetece perder tempo "engaging with the material". O que nunca me impediu de discutir o mainstream em fóruns e agora aqui. Foi por isso que quis pôr logo de entrada os meus "pés de barro" à vista (sem gigante) e deixar bem claro que não li nada disto. Por outro lado ninguém me apanhou nunca a criticar por escrito algo que não tivesse lido.<br /><br />Já reparaste que acabamos na personagem principal destas coisas: o "sniper americano" e, por conseguinte, Clint Eastwood? O Dirty Harry himself...Isabelinhohttps://www.blogger.com/profile/07507303808891054319noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-27368673647341330532015-07-14T08:17:26.975+01:002015-07-14T08:17:26.975+01:00Coloquei muito mal a pergunta, pois como bem sabes...Coloquei muito mal a pergunta, pois como bem sabes, concordo totalmente com esse rotundo "sim" em relação às leituras críticas que se podem fazer, ou melhor, devem fazer a todo e qualquer texto. Todas e quaisquer histórias que usualmente envolvam heróis violentos colocam em suspensão as regras de funcionamento dos estados de direito, e uma personagem como o Punisher é, desde logo à partida, muito difícil de trabalhar sem ser no interior da apologia de uma certa psicopatia disfarçada de "justiça que funciona para além dos limites da burocracia da justiça". Nasce daquele mecanismo relativamente básica que ouvimos todos os dias, inclusive em Portugal, ou especialmente?, quando não compreendemos porque tarda ou não funciona a justiça: a resposta é então essa fantasia para onde escapamos, com vendettas à lei da bala e C-4. Edmondson tenta aqui e ali mostrar como a criação desta personagem é endémica ao próprio sistema, mas parece ser daqueles mecanismos que também deram origem ao Dirty Harry ou outras personagens e aos momentos em que tentam defender-se. Nem todo o mainstream é assim: um autor como Ales Kot, por exemplo ("Zero", entre outros), tenta escavar precisamente a posição contrária no interior destas ficções, ao passo que Edmondson parece estar demasiado perto da admiração pelo poder militar dos Estados Unidos - o excepcionalismo e o heroísmo americano, alimentado sem parar desde os anos Reagan - para ter alguma distância crítica, e assim, alimentar a fantasia de direita que o Punisher pode constituir. Quando Garth Ennis o trabalhou, roçava a comédia - desbragada, negra, violentíssima, mas ainda assim, absolutamente risível -; aqui, os laivos de fantasia bélica são aumentados, mas mesmo assim o papel dele é como que concentrado nessa negatividade precisamente para a eliminar de outros círculos da sociedade, os quais, de novo no interior desta ficção/fantasia, se mantêm. Uma análise mais cuidada coloca a personagem do lado de todo um discurso da direita norte-americana, dos "direitos pelas armas", a consideração que a emigração (sobretudo mexicana) tem de ser necessariamente associada às classes criminosas, e que o papel da justiça se pode confundir com a "vingança". A série "Deathlok" está tão embebida na fantasia de robots e ciborgues que não permite ao leitor sequer fazer grandes associações a "temas reais"; "Black Widow" vive no seu mundo fechado, também, algo romântico, até, típico das "spy novels"; mas "Punisher" toca de facto em demasiados pontos do mundo real, tornando essa série quase em momentos em que a personagem (e poderíamos dizer, o autor?, os autores?) comenta factos reais da política. E aí as coisas complicam-se, pois a fantasia não é suficiente para disfarçar o posicionamento psicopata. Melhores leitores da série do que eu comparam a personagem a Chris Kyle, o "sniper americano", e alertam precisamente para a forma como Edmondson a tem feito inclinar para um lado " herói a celebrar", e não enquanto personagem que espelha os perigos dessa ideia, conduzindo a uma banalização da violência enquanto resposta. Talvez não tenha sido nada claro, concentrando-me nas questões narrativas e de estruturas,mas espero que aquela imagem do Punisher a executar um homem sob a atenção dos telemóveis espelhe, na perfeição?, as estratégias dos ditos "inimigos". Pedro Mourahttps://www.blogger.com/profile/13850102500313668884noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-31766336833647661582015-07-14T04:04:59.056+01:002015-07-14T04:04:59.056+01:00Por outras palavas e, claro, simplificando: McClou...Por outras palavas e, claro, simplificando: McCloud falha em toda a linha quando pretende atingir um objectivo maior e Edmondson tem sucesso quando atinge objectivos menores. Compreendo isso e não está fora do alcance do meu primeiro comentário. Enquadra-se até bastante bem, parece-me, porque também referi os contextos do alternativo e do mainstream. Contextualizar e historicizar nunca fez mal a ninguém... <br /><br />Agora, quanto ao seguinte: "Será que a apologia da violência em Edmondson o torna necessariamente mais fascista do que, se ao mesmo tempo é temperado por alguma distância em relação aos modos de decisão político-militar dos Estados Unidos?" falta o enquadramento no American Monomyth (digo, mas não li nada disto, claro). Espera-se de Dirty Harry que esteja contra "os modos de decisão político-militar dos Estados Unidos". Chama-se a isso vigilantismo e é precisamente aí que há desrespeito pelas instituições democráticas, concorde-se ou não com as ditas cujas (e sabemos o abjecto que é o American Excepcionalism). A esta pergunta: "Será pertinente fazer crítica a esses poderes através de uma ficção onde a fantasia está presente?" a resposta é um rotundo, sim. Alguém disse da literatura de evasão algo assim como: é preciso ver para onde é que nos estamos a evadir. A verdade é que deste mundo é que não se sai. Quanto a juízos de valor absolutos é preciso lembrar que obras de pouca ambição podem ser polissémicas e ter pelo menos uma leitura simplista e uma leitura complexa. Carl Barks é um bon exemplo, mas, francamente, não me lembro de muito mais. Oesterheld não serve porque enquanto foi patrão de si próprio não se impôs a si mesmo grandes restrições e aí sim que dicotomias do género "alternativo / mainstream" se tornam irrisórias. Isabelinhohttps://www.blogger.com/profile/07507303808891054319noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-90153281238970414312015-07-13T14:17:39.589+01:002015-07-13T14:17:39.589+01:00(continuando) Regressando aos dois objectos: mais ...(continuando) Regressando aos dois objectos: mais uma vez, não os saberia comparar. Cada um trabalha territórios tão distintos, propósitos e tradições tão drasticamente afastadas se seguirmos as (artificiais) fronteiras a que se poderiam dar o nome de "mainstream/alternativo", "comercial/artístico", "lowbrown/highbrow", "pulp/autoral", que criar qualquer hierarquia teria de ser muito bem explicada, mas, dependendo da forma como fosse construída, poderia levar a qualquer posicionamento contrário, em que uma ou outra seria visto como superior. Dito isto, sim, o grande pecado de McCloud seria a de se deixar conduzir por um pretensiosismo juvenil que a impede de sequer almejar a uma posição próxima à dos seus supostos pares (spiegelman, Bechdel, Clowes?), ao passo que Edmondson et al., abandonando-se aos princípios regulatórios do "same old", consegue criar - sobretudo com "Punisher", mesmo nos momentos mais abjectos, ou até talvez por causa dele (gostava de sublinhar isto) - uma narrativa mais sólida e interpelante no interior dos seus limites.<br />Poderei dizer que, por haver alguma representação multicultural que tenta ser "respeitadora" em McCloud, ele é mais "feliz" do que Edmondson, que segue linhas um pouco mais clássicas? Será que a apologia da violência em Edmondson o torna necessariamente mais fascista do que, se ao mesmo tempo é temperado por alguma distância em relação aos modos de decisão político-militar dos Estados Unidos? Será pertinente fazer crítica a esses poderes através de uma ficção onde a fantasia está presente? Será a fantasia de McCloud mais desculpável sob a ideia de "alegoria"?<br />Talvez não tenha respondido, mas como disse um amigo meu epicurista, "são os prazeres diversos que dão saúde".<br />Abraços,<br />pedroPedro Mourahttps://www.blogger.com/profile/13850102500313668884noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-31720139383753468322015-07-13T14:17:25.182+01:002015-07-13T14:17:25.182+01:00Olá, Domingos. Apesar dessa pergunta ser extremame...Olá, Domingos. Apesar dessa pergunta ser extremamente pertinente, não sei muito bem como começar a responder. Posso estar a ver mal as coisas, naturalmente, mas penso que o problema aqui está em confundir a criação de discursos singulares e heurísticos de leitura analítica e crítica, que procuram trabalhar no interior das regras criadas pela própria obra - mas evidentemente buscando depois todas as aproximações possíveis que nas cirscunstâncias são permitidas para comparações, travessias genéricas, históricas e estilísticas, - e, por haver uma concentração na mesma pessoa e até num tão curto intervalo de tempo, uma hipotética construção de princípios absolutos de juízo de valor (estético, político, etc.). Noutros termos, eu tento fazer o primeiro esforço, ler cada livro como se fosse único e tentando compreender como é que respeita as regras que ele próprio institui (se bem que, como os homens, nenhum livro é uma ilha). E raramente me pauto por um qualquer regrário idêntico para os ler a todos, fazendo distinções que, sendo artificiais ("alternativos", "infanto-juvenil", "experimental", etc.), permitem essa flexibilidade. <br />A construção de sentido não é alheia ao contexto, e se podemos dizer que "autores norte-americanos" poderão partilhar logo à partida toda uma série de factores, tal como a sua recepção parece ter um ponto e convergência ("leitor português", com todos os adjectivos que se lhe possam acrescentar), nenhum desses factores comunais podem ser arvorados como suficientes para atingir um princípio de valorização coeso e unitário. Não posso, por isso, comparar directamente McCloud e Edmondson.<br />Poderia partir dos argumentos esgrimidos, por exemplo, por um Noël Carroll, que admito em muitos outros aspectos, e defender a teoria, ou a posição, da especificidade do meio, em que (socorre-me de um esquema simplificado de Henry Jonh Pratt: "o meio associado com uma dada forma de arte (quer os seus componentes materiais quer os processos através dos quais estes são explorados) 1) implica possibilidades específicas para, e limitações sobre, a representação e expressão, e 2) isto providencia um enquadramento normativo que os artistas que trabalham nessa forma de arte tentam atingir." Bom, uma vez que sabemos que Carroll subscreve não uma definição (fechada) de qualquer forma de arte mas antes uma "descrição histórica" (à la J. Levinson), isto não deve ser entendido como um princípio fechado, mas essas palavras dariam a depreender que existiria então de facto esse "enquadramento normativo" contra o qual todas e quaisquer experiências que pudessem ser chamadas de "banda desenhada" de pautariam. Analogamente, também todos e quaisquer "filmes", "músicas" e "literaturas" se corresponderiam no interior de um só campo coerente e fechado de critérios e formas que permitissem um juízo de valor (absoluto). (Continua)<br />Pedro Mourahttps://www.blogger.com/profile/13850102500313668884noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-17087170772984595252015-07-11T02:57:48.646+01:002015-07-11T02:57:48.646+01:00Não li nada do que referes acima e não li The Scul...Não li nada do que referes acima e não li <i>The Sculptor</i> de Scott McCloud, ou seja, não li nada de nada e não devia estar a comentar coisa nenhuma. Se o faço é porque li a tua (justamente, certamente) crítica demolidora ao livro de McCloud e encontro aqui uma certa "leniency" (vá lá que no final tocas no ponto: o fascismo militarista mal disfarçado de tudo isto). Sempre me pareceu que havia dois pesos e duas medidas para julgar o alternativo e o mainstream. Compreendo que o pecado de McCloud é o maior que um autor Norte-Americano pode cometer: o pretenciosismo (na minha teoria só é pretencioso quem almeja alto e falha). Compreendo que isso seja bem mais irritante do que "mainstreamisses" rotineiras. Mas as perguntas que me coloco (e insisto, não li nada disto) são: são as personagens de Edmondson mais complexas do que as personagens de McCloud? Edmondson explora melhor o universo referencial diegético que pretende explorar (a situação político-militar dos E.U.A.) do que McCloud (o mundo da arte contemporânea)? O maníqueismo de McCloud é mais grave (esta é que me custa muito a acreditar)? Depois de ler os teus dois textos suponho que numa coisa Edmondson será bem melhor do que McCloud e, por isso, não pergunto; refiro-me à componente textual. Isabelinhohttps://www.blogger.com/profile/07507303808891054319noreply@blogger.com