tag:blogger.com,1999:blog-7498791.post3892761213986094244..comments2024-03-21T07:34:30.258+00:00Comments on Ler BD: Mar, Sombras e Bestial. AAVV (Pato Lógico).Unknownnoreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-86995338579004427052022-02-16T13:59:44.424+00:002022-02-16T13:59:44.424+00:00Years ago, the gaming background on handheld and c...Years ago, the gaming background on handheld and console gadgets was a treat for some individuals. Considering PS3 and Xbox as the console gaming gadgets, PSP is viewed as a standout amongst the most famous gaming devices to convey a great gaming experience to its gamers.<br /><a href="https://apkmodule.com/ppsspp-gold-apk/%22" rel="nofollow">https://apkmodule.com/ppsspp-gold-apk/</a><br />williamshttps://www.blogger.com/profile/07151962649611976121noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-83325166077689740482014-01-03T18:29:07.946+00:002014-01-03T18:29:07.946+00:00Essa é uma excelente observação, mas sou demasiado...Essa é uma excelente observação, mas sou demasiado ignorante para a responder, e não tenho experiência própria, não tendo vivido o Prec "em consciência". Por algumas noções e observações que faço a um determinado período, houve de facto um fortalecimento muito forte de uma certa classe intelectual, sobretudo de esquerda, que foi moldando os discursos a partir de toda uma série de ideias, axiomas e mesmo dogmas, esperando que a "revolução mental" fosse de imediato acompanhada por quem teria de antes conquistar outras necessidades básicas. Alimentar pobres com Brecht não funcionava. Não funciona ainda. Mas penso que chegámos a um momento em que os pais, chamemos "burgueses" no sentido em terem algum poder de compra além-supermercado, no que diz respeito aos livros, tem não apenas o direito mas o dever de procurarem melhorar a dieta literária dos seus filhos, preparando-os desde já como cidadãos do amanhã. Poesia? Nem pensar, é ler já "Todos Fazem Tudo" como leitura obrigatória. Fascismo cultural? Talvez. Mas virá algum mal maior daí?Pedro Mourahttps://www.blogger.com/profile/13850102500313668884noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-82276564897126644892014-01-03T16:21:05.456+00:002014-01-03T16:21:05.456+00:00Permite-me um último (juro :-)comentário breve: o ...Permite-me um último (juro :-)comentário breve: o uso corrente que se dava há 20 anos atrás à expressão "classe média" coincidia com o uso científico. Onde eu pretendia chegar era que a mudança de paradigma da expressão popular dever-se-á a uma deriva conjuntural orientada pelos orientadores da opinião. Ou será que quem trouxe esta nova "classe média" para o discurso corrente foram as vozes da rua? Não me parece...<br />José<br />José Sánoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-2710270783698955482014-01-03T10:52:50.877+00:002014-01-03T10:52:50.877+00:00Olá, José,
Compreendo perfeitamente a paixão com q...Olá, José,<br />Compreendo perfeitamente a paixão com que respondes, e talvez o problema tenha sido o de eu ter empregue a expressão "classe média" num sentido corrente, popular, e não científico. Eu também estudei estatística (não estou a puxar de galões, simplesmente quero solidarizar-me por quem foi torturado dessa forma), e o meu professor magnífico deixou-nos com esta definição: "a Estatística é a arte de provar matemática e quantitativamente aquilo que se quiser". <br />Mas independentemente da argúcia e correcção desse adágio, e de podermos confrontar interpretações quer do INE, da PORDATA, quer de certas Fundações (precisamente a Francisco Manuel dos Santos), o que pretendia era apontar para a indelével realidade de que estamos num patamar muito melhor hoje do que antes do 25 de Abril em termos de acesso à habitação, educação, serviços de saúde, já para não falar de democratização do poder político e da cultura (com plena consciência de que há ainda muito por fazer). Num artigo do "Diário de Notícias", encontro esta frase de Elísio Estanque: "As mudanças a que assistimos são mais o resultado da alteração da estrutura económica e não tanto da existência de oportunidades que cada indivíduo consegue para si próprio". Isto é, negar que as nossas vidas (dos nossos pais, nossas, e nossos filhos) estão melhor agora do que há 30, 40 anos, é impossível, mas essas mesmas condições devem servir para que entendamos duas coisas: 1ª, a de que temos ainda que batalhar para melhorar a cultura geral da população portuguesa, ainda atreita a princípios muito tacanhos no que diz respeito à arte, à educação, à abertura das mentalidades a experiências diversas das nossas; 2ª, a consciencialização de que muitas dessas melhorias verificadas nas últimas décadas têm diminuído de intensidade e de que se corre o risco de vir a perder alguma da mobilidade social entre gerações. O ataque coordenado contra a cultura e a escola, por exemplo, terá graves consequências já daqui a uns anos. A falta de uso das bibliotecas de um modo mais massivo aponta desde logo a hábitos que deveriam ser corrigidos. A preferência dos pais de levarem os miúdos a um supermercado para comprar livros ou levá-los a um megaespectáculo do Panda em vez de procurarem eles próprios compreender a oferta literária existente ou de apoiarem espectáculos locais (juntas de freguesia, bibliotecas, grupos, etc.) leva a uma pobreza sistemática da diversidade. A ignorância não é argumento para não se compreender a qualidade existente.<br />Mas já misturo assuntos...<br />Abraços,<br />PedroPedro Mourahttps://www.blogger.com/profile/13850102500313668884noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-74111316981324034312014-01-01T09:36:11.831+00:002014-01-01T09:36:11.831+00:00"os preços dos livros de que temos falado são..."os preços dos livros de que temos falado são usualmente elevados (para as condições das famílias de classe média portuguesa"<br />Olá Pedro,<br />Desculpa não falar de banda desenhada, ou pouco desta vez, mas a frase acima desperta-me para a forma como certas expressões foram sendo retiradas do seu contexto e são hoje popularmente utilizadas para definir o que não são, muitas vezes com um fim perverso e conspiratório por mais que me custe seguir por essas linhas de pensamento. Se alguns políticos falharam retumbantemente na tentativa de substituir a expressão "sexo oral" por "conduta imprópria", há outros casos de relativo sucesso, como o de transformar os "trabalhadores" em "colaboradores".<br />De todos os que me recordo, o mais exemplar para mim pelo seu alcance é o do termo "classe média" que - desculpa-me -utilizas nesta entrada de forma inapropriada, na minha opinião.<br />Quando estudava economia nos anos 90 - curso que abandonei a meio por mexer com as convicções que me foram anteriormente transmitidas pelos meus pais e pelos meus melhores professores - todos sabíamos e aceitávamos a definição de "classe média" e que corresponderia a um grupo que seria a antecâmara das classes superiores e que era constituído por indivíduos que ocupariam funções de quadros médios e superiores numa empresa e que teriam um poder aquisitivo superior que permitiria a fruição de bens e serviços e acesso à cultura razoáveis e distante das "classes baixas". Nos dias de hoje estaremos a falar, por exemplo, de um director operacional, de um juiz de carreira, etc. que possuindo rendimentos líquidos mensais superiores a 3 mil euros, uma poupança não inferior a 100 mil euros e habitação e viaturas da sua total propriedade... Ao que antigamente se chamaria de "a burguesia".<br />Esta "classe média", apesar de aumentar após o 25 de Abril, foi sempre residual em Portugal, e nunca alcançou os 5%, ou como eu prefiro chamar, a vigésima parte :-) da população portuguesa, não representando, contrariamente ao que se pretende em muitos fóruns, a figura do português médio, esse sim de classe baixa de rendimentos.<br />Estatisticamente, não é segredo que a média é um mau indicador para aferir da capacidade aquisitiva de um povo, mas, por teorias da conspiração ou da habitual preguiça intelectual de que todos sofremos quando falamos de temas que não dominamos "medianamente" :-), acabámos por ignorar outras formas de amostra que nos dariam uma adequada percepção das ordens de grandeza (de rendimentos)acessíveis à maior parte dos portugueses. Uma aproximação pode ser sempre feita através da página do INE e de uma pesquisa ao significado e origem dos indicadores "classe mediana" - quanto ganha o português 5 milhões - e, para mim mais importante, a "classe modal - em que intervalo de rendimentos se concentram o maior número de portugueses - que representa verdadeiramente o que se pretende com a "classe média".<br />Nesta "classe modal" em que me incluo e a 66%, ou como prefiro dizer, 2 terços :-) dos portugueses, os nossos rendimentos não permitem o acesso a bens de cultura que se distanciem muito dos disponibilizados nas prateleiras das grandes superfícies.<br />Como história pessoal que é só uma metáfora bacoca da desigualdade de oportunidades que acompanha a desigualdade de percursos que os pais da "classe média" podem oferecer em oposição aos da "classe modal" aos seus filhos, depois de ler a tua entrada recordei o meu primeiro livro de banda desenhada - Petzi e o seu navio - oferecido pela biblioteca da escola. Que pessoa eu seria hoje se os meus pais (pertencentes à classe modelo :-)me pudessem oferecer os livros de ilustração apresentados nesta entrada?<br />Desculpas e Abraços,<br />José<br />P.S.: Nesta manhã de dia de Ano Novo o tempo renovou as horas e os minutos, quais recém-nascidos ainda estão muito vagarosos, deixam-se apanhar com muita facilidade, dando a oportunidade de pôr a conversa em dia.José Sánoreply@blogger.com