tag:blogger.com,1999:blog-7498791.post6821562277902015113..comments2024-03-21T07:34:30.258+00:00Comments on Ler BD: Richard Stark e Darwyn Cooke. Parker, O Caçador (Biblioteca de Alice)Unknownnoreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-66977011858928203142015-07-26T11:28:58.239+01:002015-07-26T11:28:58.239+01:00Houve uma fase em que era cliente assíduo do ebay ...Houve uma fase em que era cliente assíduo do ebay e muitas outras lojas online, mas infelizmente esse é um vício que tive de abandonar, por razões de logística mais do que expectável. <br />Mas quem sabe...<br />Obrigado,<br />pedroPedro Mourahttps://www.blogger.com/profile/13850102500313668884noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-37462228932371482202015-07-25T17:29:55.683+01:002015-07-25T17:29:55.683+01:00Tem que haver alguma verdade sobre o teu "seg...Tem que haver alguma verdade sobre o teu "segredo", porque a outra possibilidade, igualmente inverosímil, só pode passar por algo do tipo do final do filme "The Prestige".<br /><br />Quanto ao objecto de luxo, muito longe disso, ficou-me muito mais barato que um segundo relógio de pulso, que me fazia muito menos falta :-). Na verdade quase ao preço da edição da devir. Há bons negócios na net. Um dia que tenhas a oportunidade dá uma espreitadela. Muitas das explicações à abordagem de que te falo do Cooke, vêm lá explicadas ou percebidas.<br /><br />Quanto ao noir, e o noir nos nossos dias, cada vez tenho menos apreço por histórias em que o final feliz é representado pela vitória de um protagonista face ao seu inimigo, não importando o número de vítimas que se amontoarem pelo caminho. É uma representação do hedonismo irracional "oferecido" pelos vendedores de promessas dos nossos tempos ultra-capitalistas. Daí o tal "fear"...<br /><br />Já o "Equilíbrio Manhattan", era uma referência à imagem anedótica do Daniel Dreiberg aos poderes do Dr. Manhattan e o seu "Manhattan Transfer". Na versão brasileira a expressão é traduzida para "Sumiço Manhattan". A partir daí eu por vezes tenho a tendência para colar o efeito da expressão a coisas que não consigo explicar bem, mas que tenho que terminar rapidamente. Assim como, algumas pessoas usam a palavra "coisa". Não ligues, só faz sentido na minha cabeça.<br /><br />Abraço e muito sucesso com a tua exposição. Prometo visitá-la.<br />José<br /> José Sánoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-86624885531355671372015-07-25T15:24:01.095+01:002015-07-25T15:24:01.095+01:00Caro José,
Obrigado pelas palavras. O segredo está...Caro José,<br />Obrigado pelas palavras. O segredo está em negligenciar a vida familiar e as responsabilidades. ;)<br />Não entendi essa do "equilíbrio Manhattan": trata-se de alguma referência?Parece-me curioso de aprender, por isso diz-me o que significam essas linhas.<br />Não conheço a versão Martini, mas deve ser muito interessante como objecto de luxo. Eu conheço as versões normais, em paperback, que não são más, mas acredito que haja uma mais-valia visual noutros formatos maiores, etc.<br />Eu nunca li os livros do Stark, por isso não posso fazer comparações directas, ou compreender em que medida o Cooke é mais "fiel". No entanto, tendo em conta o projecto alargado do autor de banda desenhada em se criar essa imagem "retro" (que lá está, representa mais uma imagem cristalizada, mítica e ilusória do que propriamente uma verdade histórica) quero acreditar que ele procura ser mais seguidista do que o filme do Boorman, que tinha também um propósito de fazer explorações psicológicas desviantes (não sei porquê, mas vem-me à cabeça comparar com o "The Offence", do Lumet com o Sean Connery: outra história de um "tough guy" com um historial doentio). <br />Não ei o que dizer do "noir" em geral. Por um lado, entendo o que dizes dos clichés e é totalmente verdade, mas é difícil resistir aos charmes da hipotaxe de Hammett, as pestanas de Bacall e o profundo conhecimento do espírito humano de um Simenon. De resto, tudo isso, sobretudo as técnicas literárias de uma escrita tensa e objectual eram uma consequência de desejar escapar ao floreado das gerações anteriores, e a que alguns críticos dizem criar "des-empatia", o que é muito justo. "Parker" não está nesses píncaros, decerto, mas tem parte desse charme. A questão que não consigo responder - pessoalmente, e se associa em parte à pornografia militar do Edmondson de que falei há pouco - é: será que o prazer emerge "apesar" da violência, misoginia, e niilismo, ou "por causa de"? Isto revelaria muito da fantasia do leitor, e não me inibo de desconfiar de haver algum fachizóide escondido...<br />PedroPedro Mourahttps://www.blogger.com/profile/13850102500313668884noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7498791.post-46961609715268912562015-07-24T03:14:06.128+01:002015-07-24T03:14:06.128+01:00Olá Pedro,
Mais um texto de enorme qualidade, com...Olá Pedro,<br /><br />Mais um texto de enorme qualidade, como consegues este ritmo impressionante?<br /><br />Este é mais um daqueles livros em que o formato pode alterar toda a perspectiva que se tem sobre a obra, dependendo da ordem em que tomamos contacto com os dois tipos de dimensão e papel onde podemos encontrar esta bd. Eu tive a feliz (para mim, claro) opção de arriscar logo à primeira pela magnifica Martini Edition da IDW. Se começasse pela versão em que o Hunter foi originalmente publicado pela IDW, e agora pela Devir, talvez não chegasse a apreciar a plasticidade superior que as aguarelas do Darwyn Cooke apresentam nesta obra face aos restantes trabalhos.<br />Sou-te sincero, como diriam os espanhóis, "me importa un bledo" o noir e o policial, mais a sua suposta sofisticação cínica suportada por uma dose mais do que razoável de clichés. É bafienta e marcada a traça, pim! Ao tempo de hoje, só será igualmente suportável pela mesma razão - a música - com que se tolera a ingenuidade com que naqueles mesmos tempos se acreditava na vida louca dos rat pack. Não me deixando convencer pela história, interessa-me só a estética e aí sim, confesso-me fã da simplificação e da síntese, do Toth, da geometria boogie-woogie dos cenários da Nova Iorque que o traço nostálgico do Cooke reproduz.<br /><br />Penso que é bastante judiciosa a tua comparação com as adaptações para cinema. De facto, esta bd pretende seguir mais de perto a visão do escritor que a do argumentista. Assim, este Parker aproxima-se do retrato menos convencional de um jovem Jack Palance e afasta-se do Lee Marvin mais maduro e cheio, tornando a narrativa, por comparação, mais bidimensional, talvez mais próxima do papel escrito e do papel desenhado e afastada de hollywood, do seu orçamento e correspondente ónus. Exactamente o efeito que distingue a bd, o famoso "Equilíbrio Manhattan" ;-))).<br /><br />Obrigado.<br />Aquele Abraço,<br />JoséJosé Sánoreply@blogger.com