8 de julho de 2004

The Filth. Grant Morrison, Chris Weston, Gary Erskine. (DC Comics/Vertigo)



Na introdução que Morrison escreveu para a primeira colecção da sua série Animal Man, iniciada em 1988, o autor confessa que foi surpreendido pela resposta positiva da parte dos leitores pelo episódio The Coyote Gospel, pois ele pensava estar a escrever “algaraviadas absolutamente ilegíveis” (“absolute unreadable gibberish”), e que isso o influenciou a tornar isso mesmo no seu métier. Escolha excelente, levando-o à série de sucesso (que é possível venha trazer mais um filme aos ecrãs) The Invisibles e, logo de seguida, a esta. Tendo chegado já ao fim, é possível que venha a ser reunida num só volume. Se The Invisibles poderá agradar aos leitores que se deliciaram com as alucinações das personagens de O Pêndulo de Foucault, de Umberto Eco – ou que de facto crêem nessas conspirações todas por detrás de tudo – The Filth mete uma mudança acima - a nona, “mais rápida que a velocidade um muro”. Agentes secretos cujo intuito é utilizar a tecnologia permissível na dimensão da banda desenhada resgatando-a para a nossa realidade, repúblicas independentes em cruzeiros de luxo, macacos comunistas inteligentes a servirem de assassinos, pornografia científica e regiões feitas de excremento demoníaco são alguns dos ingredientes desta verdadeira pocilga de referências, onde tudo pode ser despejado e nos atola enquanto a lemos... Posted by Hello

1 comentário:

  1. Grant Morrison é um oasis no deserto estéril que domina o maisntream americano. Seus trabalhos para a Vertigo geralmente geram bons frutos, e também no Universo DC, como em All Star Superman ou Batman and Robin.
    Mas, como eu já disse, ele é uma das poucas excessões nesse "mercado". Infelizmente...

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