22 de julho de 2005
Christophe Blain. Isaac, Le Pirate 5. Jacques (Poisson Pilote).
(este verbete é escrito sob o signo das férias e do pouco tempo)
Tendo já antes falado aqui desta série, não me adiantarei muito na sua discussão. Uma das expressões inglesas mais interessantes no campo da sua aplicabilidade é um derivado da teoria narratológica: "the plot thickens". Literalmente significando o enredo engrossa, podemos observá-lo como definindo o mesmo que acontece a uma massa na confecção de um bolo: começando a ganhar consistência, faz com que diminua a velocidade de o bater, mas é sinal de que está ganhando o que lhe é necessário para ficar bem cozido e gostoso.
Pois bem, é o que sucede neste 5º álbum. Em termos actanciais, pouco ou quase nada se acrescenta, e nada mesmo se resolve. É talvez o episódio que reúne mais peripécias, mas isso não significa que seja o que traz maior desenvoltura na resolução de toda a trama: simplesmente (ou antes pelo contrário) entretece-a mais.
A crise criativa do próprio Isaac, que apenas aos poucos se vai desligando e se une a outros interesses (económicos e de poder) para poder ganhar novo ímpeto, pode ser assim aqui explanada neste álbum menos "tópico" na articulação da série, mas isso não implica que seja menos reflexivo nem menos importante.
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