Serve o presente post para recordar que a mesa-redonda que havíamos anunciado aqui, integrada no programa da Gulbenkian, e coordenado e moderada por este vosso criado, terá lugar hoje das 15h às 18h.
Uma oportunidade única para conhecer três autores bem distintos - (na foto: Marcelo D'Salete, Posy Simmonds e Anton Kannemeyer) -, mas todos eles com um trabalho interpelante no que diz respeito ao modo como a banda desenhada questiona a noção de identidade, e a sua integração social.
Olá Pedro,
ResponderEliminarEstive presente, achei as apresentações um pouco mornas, talvez consequência da hora, meio da tarde, esperava mais do Anton e da Posy, ficaram-se por meia prestação, na minha opinião. Já o Marcelo teve apontamentos muito interessantes, apesar das hesitações iniciais, e merecia ter concentrado mais as perguntas no debate, mais dirigidas para o Anton. Achei muito inteligente a abordagem indirecta do colonialismo pela observação do quotidiano dos escravos. Como ele muito sabiamente afirmou, a literatura dos colonizadores procurou sempre afastar a humanidade dos escravos da mesma maneira que os esclavagistas o fizeram com os seres humanos que escravizaram e que ainda hoje condiciona as relações entre as gerações actuais. Tu mesmo o referiste através da referência aos nossos historiadores que alinhavam (ainda alinham) o comércio do ouro, especiarias e escravos na mesma sentença sem qualquer distinção. Ainda do Marcelo, também gostei muito de ouvi-lo dizer que o capitalismo tentou cercear a política, confinar o seu espaço ao domínio dos políticos stricto sensu e afastá-la da arte. Como ele lembrou à Posy, mesmo a obra ficcional dela é política e para alguns de nós, eu certamente, será sempre o ponto que apreciaremos mais numa obra, desde que feita com desenho e arte.
Obrigado e um Abraço
José
Olá, José,
ResponderEliminarFoi uma pena que não te tenhas aproximado, poderíamos ter.nos conhecido pessoalmente!
Não achei que tenha sido uma apresentação morna. A verdade é que as apresentações individuais não foram "conduzidas", mas infelizmente já estava tudo condicionado que fosse assim. E a conversa até correu bem e bem-comportada, se bem que é na ruptura que as coisas teriam funcionado melhor. Seja como for, o meu papel não poderia ser obrigá-los a regressar às linhas centrais, e as intervenções e questões do público nem sempre foram as mais interpelantes, mas era essa a prioridade, como é óbvio.
Em breve,colocarei aqui o link do podcast da conferência, se bem que deve mesmo já estar disponível, pois houve streaming.
Para a próxima, aproxima-te, por favor!
Pedro
Está combinado, cheguei tarde, já tinhas começado e tive que sair logo que acabou. Cruzámo-nos no intervalo, mas o local não era o mais apropriado :-DDD. De qualquer forma fui para oferecer a minha presença, como forma de agradecimento pelo teu blogue, isto não pode ser só receber. Preocupava-me seriamente que aparecessem poucas pessoas e vai-se a ver e o auditório estava com bastante gente, muito mais que as minhas expectativas. A média de idades,(elevada) e o tipo de pessoas da assistência eram muito diferentes do que eu também estava à espera. A tua condução e organização do evento foi muito competente, parabéns! Realmente as perguntas poderiam ter sido mais desafiadoras, lá para o fim começou a aquecer, foi pena ter acabado ali.
ResponderEliminarAté à próxima, sem dúvida.
José