Como em ocasiões anteriores, participamos mais uma vez no Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora. Desta feita, estaremos presentes com um comissariado mais simples (!), em companhia da Sandy Gageiro, em torno da exposição sobre o ano editorial de 2016-2017, procurando mostrar uma selecção/mistura da grande diversidade da oferta de banda desenhada para todos os públicos e de álbuns ilustrados para a infância.
O propósito principal é o da celebração dos espaços de leitura. Eis o texto que estará na apresentação dos núcleos, assinado por ambos:
« A diversidade da banda desenhada para todos os
públicos e os álbuns ilustrados para a infância tem crescido
exponencialmente em todos os sentidos. Há cada vez mais livros para
mais tipos de leitores.
Distinguindo-se de tendências anteriores, há
mais banda desenhada para um público feminino (o que não significa
que os rapazes ou os homens não possam ler esses livros
fantásticos!), tal como para um público mais maduro (tantos
“romances gráficos”!), interessado em questões como as relações
humanas realistas, política internacional, personalidades históricas
nacionais ou até como fazer vinho. E há mais livros,
despretensiosos, capazes de ensinar às crianças as raízes das
descriminações raciais, de género, de idade, ou outras, que
explicam como se constrói a democracia ou a memória, como brincar e
cuidar dos nossos avós, e até como disparatar da forma mais
criativa possível.
Os géneros clássicos continuam de boa saúde
também, e com novos heróis e heroínas.
Esta exposição não pode mostrar tudo o que
foi publicado nos últimos doze meses, mas enfrenta essa mesma
variedade. Cada sala mistura livros para miúdos e para graúdos,
livros sérios e livros tontos, tomos grandes e livrinhos esguios,
uma vez que acreditamos que os leitores (e os livros) se devem
misturar. Os pais devem ler com as filhas, mas os filhos também
devem ler para os pais. E sozinhos. Ou com os colegas da escola, da
natação, ou de jogar à bola lá na rua. E os pais podem falar
deles lá no emprego.
Cada sítio cria a sua própria comunidade de
leitores. Um bando de leitores no banco de jardim. Um cardume de
outras leitoras no metro. Uma turma na escola. Outra no recreio. São
tantos os sítios onde se pode ler! Pode ser qualquer lugar. Aqui
estão apenas cinco.
Qual é o teu favorito? O nosso é... todos!»
Para além disso, estará patente na Bedeteca da Amadora uma exposição dedicada ao projecto The Lisbon Studio Series, a série de volumes antológicos desse colectivo, na qual temos participado enquanto argumentista da artista Marta Teives. O segundo volume, na verdade, será lançado no AmadoraBD. Os autores estarão presentes todos os fins-de-semana no Festival para autografarem as obras, inclusive nós mesmos (no último fim-de-semana somente).
Mais informação, aqui.
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