Estes livros agregarão quer trabalhos desenvolvidos no decurso do próprio processo de ensino-aprendizagem, destacando-se os melhores "T.P.C.s", quer projectos pessoais dos alunos, que se integrarão no ensejo central do título. É o caso das produções de Sara Boiça, Mathieu Fleury, Simão Simões ou Stéphane Galtier. Em princípio, existirá uma linha temática que conduzirá uma das partes dos volumes, que é depois explorada da forma mais variada possível. Neste primeiro gesto, o tema foram as mulheres artistas dos vários movimentos das vanguardas estéticas do início do século XX, sobretudo russas.
Mas haverá igualmente oportunidade para envolver ainda, como é o caso, os professores ou antigos alunos, que poderão ir conquistando maior ou menor espaço na paisagem editorial destes campos. Com efeito, encontrarão aqui trabalhos de autores como Rodolfo Mariano, Cecília Silveira (com uma peça a um só tempo divertidíssima e politicamente forte), Vasco Ruivo, Dileydi Florez (uma peça visualmente soberba), o colectivo Triciclo, Martina Manyà, Gonçalo Duarte e Igor Baptista, cujos nomes têm já lugar nos circuitos de fanzines ou da edição independente, e conhecidos dos leitores mais atentos. Francisco Sousa Lobo, antigo aluno, dispensará apresentações, dada a sua fortíssima presença e produção na "cena" nacional. Daniel Lima (na capa) e Amanda Baeza também participam, na qualidade de formadores da casa.
Também na qualidade de docente daquela instituição há uns anos, e como aspirante a argumentista, participo no volume duplamente. Em primeiro lugar, com um brevíssimo ensaio sobre o plágio na banda desenhada. Em segundo lugar, com uma história de dezassete pranchas (mais título), que respeita o tema indicado acima mas através de uma ficção, e com desenhos de Carolina "Zarolina" Moreira, Vasco Ruivo, Cecília Silveira e Martina Manyà, cada uma destas assinaturas tomando uma das camadas de Estratigrafias (a imagem que mostro é uma montagem de cortes).
Procurem!
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