Na possibilidade de uma curva de aprendizagem, expansão e diálogo internacional, damos continuidade à nossa colaboração com The Comics Alternative, desta feita com uma crítica à série de comic books Supreme: Blue Rose, escrita pelo irascível Warren Ellis e desenhado por Tula Lotay. Texto directamente acessível aqui. (Mais)
A um só tempo, esta é uma série de super-heróis, de ficção científica e de metalinguagem. Protagonizada pela família de Supreme, criado por um dos autores mais reconhecíveis dos anos 1990 (e não o dizemos de modo positivo), Rob Liefeld, trata-se de uma matéria sobre a qual Alan Moore conseguiu demonstrar que é de facto possível efectuar operações alquímicas miraculosas.
Uma vez que esta nova versão do super-herói e o seu "universo" está mergulhado num denso líquido de p-branas, variedades pluridimensionals, e velocidades temporais diferenciadas e paradoxais, a dimensão (ficto-) científica encontra-se aqui, como usualmente acontece na obra de Ellis, a alta octanagem. Mas no fim de contas, toda a série (sete comic books) é uma espécie de exercício de contemplação e confissão poética sobre a própria possibilidade de criar novas versões destas personagens sempre que se muda de equipa criativa.
Além disso, as belíssimas imagens de Tula Lotay, reminiscentes da melhor ilustração de moda dos anos 1990, é apenas uma benesse que diferencia a série da usual pastelada que nos é servida neste território.
Fazemos uma breve menção a The Multiversity, de Grant Morrison et al., de que falaremos mais tarde neste espaço.
Agradecimentos a Derek e Andy, como sempre.
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