O projecto
de maior fôlego, até à data, de André Pereira, chega ao fim. A
sua leitura
não foi
propriamente suave, uma vez que o autor apresentou uma narrativa não
apenas densa na sua tessitura diegética como estruturalmente
complexa, com laivos de experimentalismo na composição de páginas
que obrigava a mudar de regime visual e e leitura a cada capítulo.
Estamos em crer que a sua leitura de uma assentada, num putativo
“livro” de quase 100 pranchas, revelará ser talvez mais
compensador e a sua eficácia mais coesa. Todavia, essa coesão pela
completude será ao mesmo tempo um convite a reler cada um dos
números, e compreender quais as estratégias certeiras que levaram a
essa opção, inclusive aquelas que têm a ver com a materialidade do
projecto (isto é, não somente o que tem a ver com um ritmo de
trabalho e exposição, recompensa financeira e de circulação,
etc.). (Mais)