
28 de maio de 2009
Ilustrações para Edgar Allan Poe, Obra Poética Completa. Filipe Abranches (Tinta da China)

19 de maio de 2009
FUKT # 7

Existem cada vez mais acções que se assestam em exclusivo ao gesto do desenho, entendido quase sempre como (in)disciplina particular. Mas se Vitamin D. New Perspectives on Drawing, Drawing now: eight propositions e a recente exposição Desenhos de A a Z no Museu da Cidade apontam para uma escolha subsumida aos ditames do dito "mercado da arte" (mais ou menos intelectualizado pelos discursos da contemporaneidade, mais ou menos comercializado pelos valores de troca), e se antologias como a Rojo se preocupam mais com a concatenação de pulsões de uma cultura urbana, FUKT parece perseguir com uma maior simplicidade - e talvez com mais eficiência - o valor do desenho como forma de expressão quase exclusivamente. Isto é, não há dúvida de que um desenho é uma forma de expressão, mas as formas de expressão são normalmente acompanhadas por algo mais - um conceito, uma vontade, uma direcção, uma qualquer aquiescência para uma outra dimensão...

A revista é editada e coordenada por Björn Hegardt e conta com uma dezena de autores, muito diversos entre si (em termos de técnicas, origens, formações, materiais e verves) mas unidos nesta bandeira. Através do site da revista poderão descobrir toda uma rede de referências, assim como adquiri-la.
Fiz uma escolha reduzida para este post; por ordem temos aqui os desenhos de Michelle Oosterbaan (uma espécie de Hildegard von Bingen contemporânea, na qual o misticismo se forma em nuvens de lápis de cor), Martin Skauen (que recordará um perturbante taxonomista mais interessado em mutantes e teratologias), Anna Ling (que apresenta uma série de obscuros interiores, promissores de uma história que não virá) e Björn Hegardt (que opera um cruzamento entre objectos improváveis na esteira dos escritores do absurdo e do fantástico).



Ângulo Morto. João Fazenda (Ao Norte)

No entanto, devemos confessar que não encontramos aqui o mesmo entusiasmo na criação de imagens que julgamos pertencer ao Fazenda do terceiro volume de Loverboy (com Marte), de Tu és a mulher da minha vida, ela a mulher dos meus sonhos (com Pedro Brito), da pequena história escrita por Gonçalo M. Tavares para a antologia Movimentos Perpétuos e muitas das ilustrações no Público... Em primeiro lugar, nota-se como que uma estratégia interessante em "dobrar" o filme em dois, para que possamos acompanhar dois momentos segregados que convergirão, e serão coroados, pelas duas mortes de Madeleine/Judy, mas que a torna demasiado atreita à tradução portuguesa do filme - A mulher que viveu duas vezes (e morreu duas vezes)- e menos propensa à procura de outros elementos que poderiam servir de leit-motiv visual para a trasformação.

Nota: agradecimentos ao editor, pelo envio do livro.
17 de maio de 2009
Démoniak. Gal Yacinthe Galbet? (Frémok)

O subtítulo da publicação presente, que já em si reúne outras publicações menores, “protohistoire pour adultes” remete às publicações de foto-novelas (“photohistoires”) a preto-e-branco, de baixa qualidade (gráfica, de impressão, de complexidade narrativa, atrever-nos-emos a acrescentar artística?) que se vendiam em quiosques, ficção de estação de comboio, inclusive em Portugal e que, as mais das vezes, se faziam preencher com conteúdos eróticos e violentos. A tipologia dos fumetti referida acima era também populada por esse meio (as francesas Wampyr e Satanik tinham precisamente esse subtítulo). Uma anarquia de bolso, sem dúvida, quer quanto aos métodos quer quanto aos frutos. Seja como for, digamos que providenciava uma rebelião portátil, satisfatória por esse curto momento em que se lia e experimentava essa fantasia de poder, de crime, de incorrer nos pecados anti-sociais com que se sonhavam – acordado - mas jamais se atreveriam a ser cometidos. Poder-se-ia, rapidamente, acrescentar que existe aqui igualmente uma fantasia politicamente incorrecta, ou horrorosa, super-machista: mesmo quando as personagens se tratavam de mulheres, como Satanika e Zakimort (“heroína”, esta), trata-se de uma fantasia “de homem”. Todavia, ao mesmo tempo, há uma espécie de pulsão à qual se dá vazão com estas histórias, como se servisse de válvula de escape (escapismo?) a fantasias de violência e ódio em relação a tudo aquilo que nos pode amofinar, desde as razões egoístas às mais pertinentes.

Para além dos pressupostos editoriais, físicos e regulares desta edição – que procuram talvez uma recuperação por um certo círculo da “vanguarda da banda desenhada” por um imaginário e estratégias comerciais de baixo nível, mas que não deixam de ter uma faceta nostálgica, quiçá -, o que importa é notar como o material visual e narrativo de Mort à Babylone (o episódio de Démoniak que conseguimos ler) segue a via da apropriação. Reportagem, temas contemporâneos, notícias de última hora, colagem, transfers, trocadilhos são os elementos. O texto oscila entre o francês (a narração, algumas falas), o inglês (algumas falas) e até um finlandês “ao acaso” (algumas falas, sobretudo de Démoniak ele/ela-mesmo – o sexo é indeterminado). Podemos ler este(s) texto(s) e, até certo ponto, reconstruir um sentido linear, com um fito claro (sem perder “os próximos episódios”), mas parece-nos que os autores querem antes fabricar um sentido fantasmático. Os rostos de algumas personagens são claras referências a personagens reais que pertencem ao círculo do irreal mediático – as notícias e os filmes: John Travolta, Tom Cruise, Ingrid Betancourt, Sarkozy, Bernard Kouchner, Rumsfeld, Saddam Hussein, a princesa Diana... Como se ambos os mundos – o ficcional e o noticiado – colapsassem um sobre o outro (“finalmente?”, poderíamos perguntar, pois não é esse o objectivo de cada um à sua maneira? Qual a diferença do infotainment do noticiário da SIC das falsas notícias que se espalham pelas inúmeras séries televisivas? E não querem muitos dos filmes “baseados em factos reais” fazer espraiar-se uma perspectiva sobre esse tema?). Os trocadilhos – Dirty Diana, Tom Cruz, John Paul Trovalto, Rhumsteak, Soddom Hossein – apenas corroboram essa perspectiva.

Démoniak pode ser visto então – mesmo que deste modo abstrusamente operático, obsceno e hiperbólico – como uma forma de posicionamento político crítico, oposicionista, radical mesmo, mas não directo: bem pelo contrário, que procura a sua eficiência particular através do desvio a que se propõe, ganhando humor e pertinência de um modo que não conquistaria se pretendesse uma construção mais dentro das regras (P. Squarzoni e Ted Rall são dois autores de banda desenhada que o fazem, por exemplo). Uma forma de, nesse humor, fazer notar que a Babilónia... já estamos nela.
Nota: agradecimentos a Joana Figueiredo, pelo empréstimo da publicação.
Le Goût du Chlore e Dans mes yeux. Bastien Vivès (Casterman)

Bastien Vivés parece aproximar-se de estruturas narrativas cada vez menos clássicas, se bem que o tipo de liberdade ou experimentação a que se entrega não ser radical, mas de um desvio controlado, afável, cartografável, e ponderado, permitindo sempre a sua reconstrução, e a emergência de um sentido nítido, o qual aceita sempre um grau determinado de respostas suspensas, de aspectos jamais revelados, e até mesmo de irresoluções, daquelas mais expectáveis por pertencerem à esfera das que ocorrem na vida de todos os dias.
Le Goût du Chlore é visto como uma redução do Bildungsroman, e com razão. Toda a sua estrutura fulcral se encontra aqui, se bem que despojada de todos os parâmetros usuais (longos, complexos, detalhados) dos romances que pertencem a essa tipologia literária. Um jovem homem vê-se obrigado a utilizar uma piscina como local de terapia, mas rapidamente esse local se torna palco de, a um só tempo, ritual de passagem e de descoberta do amor. O livro não é totalmente desprovido de diálogos, mas estes ou se vêem reduzidos ao estritamente necessário ou ganham contornos secundários, e há longas sequências – as da natação propriamente ditas – sem quaisquer diálogos ou palavras. Não são “mudas”, pois a perspectiva do protagonista, a forma como essas observações nos vão ajudando à construção da sua visão de tudo o que o rodeia, e especialmente a atenção que se vai centrando na rapariga (mais madura, livre) que lá conhece, como se costuma dizer, “diz muito”. A piscina é tratada como um microcosmo, ou pelo menos uma micro-pólis na qual as relações estabelecidas mimam aquelas que ocorrem em círculos maiores, mas na qual também não se estabelecem laços de verdadeira sociabilização: são mais ténues as relações que todos nós estabelecemos no interior de uma outra relação social (aulas, ginásio, igrejas, lojas, etc.), e desejos tais como o amor, que depreende um maior conhecimento mútuo, não podem de modo algum funcionar aí. É o que acontece na piscina, de “gosto de cloro”.

Ambas as narrativas parecem colocar – de modos diversos, em graus diversos – os seus protagonistas na senda de algo (em ambos os casos, uma mulher, um amor), de um modo expresso, para depois se o poder perder, igualmente de modo expresso. Ou seja, é como se o intuito de ambas as obras fosse dar a ver a perda no momento da sua formação. Nada disto tem a ver com uma reacção, que se o fosse seria ingénua e inócua, contra o “final feliz”, mas sim com uma tenção particular para com a constituição dessa perda. E se em Le


A perda, nos dois casos, é atingida sempre na ausência de “razões”, ou melhor, de “explicações discursivas”. No primeiro livro o fecho da relação tem a ver com uma incapacidade física que se traduz na impossibilidade de conquistar a mulher, no segundo a decisão é unilateral, mas imaginamos que definitiva.
Vivès parece, logo, ser um autor que aproveita bem o caminho aberto por muitos autores que o precederam – os fundadores das “tendências contemporâneas” – para poder explorar um caminho que lhe poderá ser muito próprio. No entanto, apenas o seguimento dessa sua obra o poderá comprovar. Em suma, não sendo propriamente estes dois livros cumpridores de uma inventabilidade inédita, eles mostram-se capazes de herdar o peso dos que abriram o caminho, e sobretudo mostra-se capaz de utilizar essa abertura prévia para a continuidade de uma experimentação plausível, consolidada e sustentada.


Marilyn la Dingue, Jerome Charyn e Frédéric Rébéna (Denoël Graphic)

A associação dessoutro termo complexo, “contemporaneidade”, serve aqui apenas de complemento qualificativo, de mera baliza temporal, que procura uma coincidência com o presente tal como consensualmente experienciado por nós, que o vivemos (não significa isto “estar vivo no presente”, mas “vivê-lo” o mais intensa e implicadamente possível, sentindo-nos inscritos neles, desprovidos de nostalgias, incompreensões, e a sentimos acronológicos). Esta proximidade radical impede-nos eventualmente da distância crítica necessária para a confirmação de ideias mais redondas, mais organizadas, e poder-nos-á levar a erros de percepção e de apreciação. Porém, presumimos que a indicação deste caveat nos permite poder incorrer nesse pequeno perigo.

Já havíamos indicado a existência de uma tremenda discussão iniciada (ou coroada) por Menu, sobre o aproveitamento das grandes editoras francófonas pelas “tendências contemporâneas” trazidas a lume pela primeira vez por outras plataformas editoriais, mais independentes ou marginais (L’Association estando no papel principal dos “formadores do gosto”, já que a as linguagens propostas da Frémok são de uma ruptura tal que dificilmente são “aproveitáveis” pelo mercado... e ainda bem?; mas veja-se o caso de Deniz Deprez). Também já havíamos debatido como existiam cada vez mais artistas na esteira de uma “linha caligráfica do desenho”, a nosso ver cuja origem - se não estilística (essa primazia está nas mãos da UPA, de Feiffer, por exemplo) pelo menos em termos de ultrapassagem de um crivo de aceitação mais alargado – se encontra em Joann Sfar, e que se pode exemplificar em Mathieu Sapin, Jérôme Dupré de la Tour, Gipi, Kerascoët, Christophe Blain, Lucie Durbiano, Clément Oubrerie, Bastien Vivès, entre outros. E Frédéric Rébéna (aliás, poderíamos quase acrescentar que tem sido este estilo contemporâneo aquele que tem ocupado o papel da “linha clara” nos nossos dias, no que diz respeito à ideia de legibilidade, aceitabilidade comercial e... exacto, “tendencial”). E temos observado ainda como o mercado francês, a par do norte-americano, tem procurado cada vez mais a anulação das fronteiras entre a banda desenhada, a literatura e o cinema, de animação ou não, transformando todas essas linguagens em territórios de exploração comercial e que se cruza entre si. Como se um desses territórios servisse de modo de sedução para o outro.


Rébéna constrói composições de página simples, de múltiplas vinhetas distribuídas de modo rectilíneo, depositando no seu interior o que parecem ser as primeiras linhas em que pensou, sem necessidade de as corrigir ou alterar, deixando assim uma certa flutuação na constância do rosto das personagens, algumas linhas de contorno ou de caracterização das mesmas batalhando pela primazia, e usando uma paleta de cores que tem tanto de “linha clara”, obedecendo ao princípio da legibilidade, como de temperança luminosa, utilizando cores pouco vivas, pouco contrastantes, muitos jogos de iluminação limitada, ora por negros e cinzas (becos, interiores), ora por azuis-cinzentos (interior íntimos), ora por vermelhos (a cena no bar). As personagens vivem num alto grau de estilização, o que as torna a todas imediatamente reconhecíveis, mas sem que caiam em estereótipos, o que seria fácil, tendo em conta a fauna aqui presente, como veremos de seguida... No caso das mulheres, Rébéna parece criar uma vitrina de tipos de beleza consensual, tipicamente eroticizadas, que verificamos também em Sfar, mas igualmente em Nuno Saraiva ou Rui Ricardo.

Uma forma de demonstrar que as tendências têm sempre frutos dúbios?
12 de maio de 2009
Os joelhos em sangue sobre a neve & está a morrer e não quer ver. Mauro Cerqueira (edição de autor)
É também de Broch a afirmação de que “a nossa prática actual da arte já não é um ofício divino”, a qual nos coloca numa questão: aperceber-se-á este artista, talvez, mesmo que não discursiva ou intelectualmente, dessa perda de natureza? Será mesmo essa perda, ainda que adivinhada, que o coloca num caminho da precariedade – dos materiais, da linguagem, da discursividade eventualmente positiva? É como se se apercebesse estar “cá em baixo”, “cá fora”, e olhasse para o “cima” e o “dentro” e o único modo de expressar essa perda, essa pena, fosse através da fragilidade, do acto violento, do acto destrutivo, “no future”. Os traços dos seus actos e peças para essa ideia concorrem.
Nota: agradecimentos ao autor, pela oferta de ambas as publicações. A primeira está à venda por 3 Euros, a segunda (de apenas 50 exemplares "únicos"), por 20 Euros, ora no Espaço Campanhã (aberto por marcação) ora junto do próprio autor, contactável pelo seu blog.
The Three Paradoxes. Paul Hornschemeier (Fantagraphics)



Há momentos no passeio nocturno em que Paul tira fotografias dos espaços que o rodeiam, a cidade onde cresceu, ou do pai: mas se no caso deste último não se opera qualquer transformação na superfície do que vemos, nos outros casos as fotografias introduzem narrativamente a analepse, para o passado e adolescência de Paul (ou prolepse, no caso de obra projectada no futuro, ou simplesmente imaginação potencial, que não ganha corpo no seu universo, mas sim no nosso – afinal, estamos mesmo a ver essas páginas; no entanto, enquanto autor de banda desenhada, não se perceberá – aliás, é essa indistinção que torna The Three Paradoxes mais interessante – se essa percepção é “real”, se faz parte da “memória”, ou se é antes “inventada”, “imaginada”, como um projecto de banda desenhada a fazer... A banda desenhada surge assim como método eleito e preferencial de Paul-o-protagonista de criar (“Paul e o Lápis Mágico”, trabalho em curso com o qual está obcecado ao ponto de não conseguir adormecer por pensar nele), de se recordar (o passado, a adolescência), de imaginar (“A cicatriz”), e de pensar (“Zenão e seus amigos”), não só o que nos obriga a misturar todas essas acções num só nível, numa só superfície – a do próprio livro que temos nas mãos – como ainda convertendo tudo isso em ponto de partida para a análise e apreciação do próprio acto de Paul Hornschemeier com The Three Paradoxes.

Paul Hornschemeier, de uma maneira quase desapaixonada, institui um desafio maior: a demonstração de como, pelo menos em relação a si mesmo, a banda desenhada surge como veículo de pensamento consciente. Isto é, todos o fazem, é claro, pelo próprio acto da sua criação, que é já um modo de expressão de um pensar (um pensar fazendo). Mas Hornschemeier traz a dimensão auto-consciente, meta-referente, para o palco principal do seu fazer, colocando em segundo plano todas as outras dimensões necessárias, transformando-as em elementos ao serviço desse pensamento sobre o próprio pensamento da banda desenhada. E é nesse contínuo acto de desdobramento e auto-referência que se vão formando os paradoxos do movimento perpétuo e da pausa inevitável que habitam o coração deste livro.
4 de maio de 2009
Adeus, Vasco Granja.

Não tem nada a ver com nostalgia. A nostalgia é uma dor que apenas encontra no passado as coisas boas e apaga as más e nos faz vê-lo como intrinsecamente melhor do que o presente (e que transforma o futuro num incerto medo, mais do que num desafio para se crescer). Mas quando uma pessoa destas morre, alguma mossa deve deixar, e nós deixá-la visível devemos.
Vasco Granja tem a ver, a meu ver, com uma capacidade de educação sem proselitismo, com uma capacidade de descoberta ampla, e de uma descomprometida capacidade de preservar uma certa maravilha ao longo da vida.
Quanto mais aprendo sobre animação, por exemplo, mais me apercebo que - qual lição de Platão - descubro que não estou a ver novidades, mas a ver em adulto aquilo que já havia conhecido em criança e, as mais das vezes, através dos programas de Vasco Granja (Um exemplo? A Fome, de Peter Foldes). Quanto mais releio aspectos que aprendera há muito sobre banda desenhada, mais redescubro terem-se tratado de artigos de Vasco Granja (na tintin, por exemplo).
Quando da produção do Verbd, pensámos - o realizador e eu - em contactá-lo para o convidar a fazer um depoimento. Infelizmente, a sua condição física e de saúde não o permitiam já. Ficou a pena e o desencontro. Agora é irremediável. Ou não, se, ao invés de homenagens atrozes sob a forma de torturas comerciais, se se providenciasse à recuperação da sua memória, dos seus programas, dos seus escritos (prezo um pequeno volume sobre Dziga Vertov, da Livros Horizonte, escrito por Granja). Goste-se ou não se goste, critique-se muito ou pouco, faz parte de uma herança e é com ela que temos de viver e é dela que temos de crescer.
Nunca o conheci pessoalmente, por isso não posso falar de Vasco Granja como pessoa real (que teria, invariavelmente típico da espécie humana, as suas idiossincracias). Dele aproveito então esse serviço público, essas lições, que ficaram.
Para mais: Uma entrevista (de onde retirei a fotografia), e um artigo.
Adeus, amigo.