14 de junho de 2009

Várias publicações em torno de Beja.


Por ocasião do Vº Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, e numa conversa com um bom amigo da banda desenhada, foi-me colocada a questão de porque estava ausente das minhas discussões este ou aquele título, ao que respondi que prefiro nada dizer do que montar um discurso negativo, sobre algo de que não se gosta, com que não se sente empatia, ou que não suscita qualquer tipo de discurso. Ao ter dito isto, que penso não ser revelação nenhuma, mas bastante claro no que faço, este meu amigo disse-me que era uma “posição cómoda”. Pensando bem, não o deixa de ser, de facto, uma vez que me permite não tornar este espaço numa espécie de tribuna em que faria (tentaria) derreter uma qualquer obra através de uma demolição de qualquer espécie, e assim criar dissabores ou até mesmo inimizades, as quais não desejo, já que trato os autores em primeiro lugar como pessoas e com as quais me relaciono nessa base, deixando a sua qualidade de autores em segundo lugar nessa relação, mas em primeiríssimo na construção do discurso crítico. Essa é a mesma razão pela qual não me importa revelar aqui com quem me relaciono mais ou menos intimamente, pois para além do leitor comum nada ter a ver com isso, e não merecer uma entediante exposição da minha vida privada e dos outros, essas relações a nível pessoal em nada me tornam mais ou menos capaz de discutir as suas obras, em nada elas me proporcionam informações especiais que queira empregar nos textos para demonstrar uma qualquer “superioridade” face às capacidades de leitura individuais dos leitores deste espaço, leitores também de alguns, se não todos, os textos de banda desenhada, obras de ilustração, etc., que aqui trago à discussão.
Mas a razão mais duradoura e de ouro é que estou em crer, sob os auspícios das lições de Walter Benjamin, de que a tarefa do crítico é estabelecer a ligação da obra concreta com a ideia mais abstracta, superior, de arte (ou da arte particular em que se inserir essa obra, se preferirem essa qualificação e segurança). Isto é, a obra de arte viverá a sua própria autonomia objectual, sem dúvida, e terá acesso aos seus leitores próprios, mas o leitor mais ponderado (e que poderá levar o nome de “crítico”) criará associações de vária natureza de modo a recolocar essa mesma obra num corpo maior, chamemos-lhe tradição, cânone, cômputo, lista, género, ou, enfim, com todas as bênçãos e perigos que tal palavra acarreta, arte. Essa ligação e associação só se torna possível através de uma argumentação, de uma leitura cuidada dos pormenores que compõem a obra, da sua análise e consequente síntese e aproximação a outras obras (sendo as limitações dessas associações apenas ditadas pela própria obra, em nada se obrigando exteriormente), e assim sucessivamente até ao corpo total da arte (que jamais encontrará, felizmente, contornos totalmente legíveis e nítidos). Esse processo só se torna possível na ideia de construtividade, de apreensão das suas facetas positivas, de apreciação das suas particularidades, por menores que sejam, enfim, por uma certa qualidade de aceitação a que podemos chamar, sem qualquer laivo de lamechice ou de misticismo, de amor. Temos de amar essa obra, mesmo que momentaneamente, e procurar com o seu louvor elevá-la a uma qualidade maior do aquela que tem antes da leitura.
Isto implica que é as notas de leitura mais rapidamente se suscitam na positividade do que numa situação de desagrado. E, também – e assim a ideia de “comodidade” talvez não seja desprovida de sentido – a verdade é que a construção positiva desses argumentos convida à sua discussão, à aproximação dos leitores, e assim à ideia de convergência estética possível. Tecem-se portas abertas. O posicionamento contrário, negativo, forma uma ideia de tribuna, de cátedra, de distância superior a partir da qual se “dita um juízo”, dificilmente procurando essas pontes e portas. Não é que seja impossível de fazer... Recordem-nos de Wanya. Quando abundam, em demasia mesmo, elogios que mais demonstram não ler com atenção a obra proposta, torna-se quase imperativo trazer à superfície da discussão um contraponto, que alerte às dimensões semi-ocultas dessa obra. E recordemo-nos de outros livros, aqui discutidos, cujas forças prestadas não se coadunaram com as promessas que delas se fizeram, precisamente aquilo que foi – tentativamente, admitamos – demonstrado.
Dito isto, seguem-se breves notas de leitura de algumas publicações adquiridas em Beja, bastas delas a pessoas conhecidas, mais ou menos próximas, de alianças de amizade mesmo, as quais, além de não serem da conta do leitor, em nada podem influir na leitura autónoma, independente e objectiva (isto é, com os olhos e a mente nos elementos concretos dessa mesma obra) dessas publicações. Dado que, em momentos anteriores, expliquei a minha posição em relação aos gestos relativos aos zines e publicações independentes, assim como aos critérios seguidos por cada título para a agremiação dos autores representados, escusar-me-ei a repetições. A apresentação é, de facto, sumária
All-Girlz Galore. AAVV (Arga Warga/Daniel Maia). Segundo gesto editorial de Maia em agregar nomes de várias autoras de banda desenhada, de vários quadrantes, forças e géneros, o seu editorial não deixa de ter razão, apesar do entusiasmo metafórico com que o faz, em se apresentar como mostruário destes trabalhos. Isto é, como brevíssimo olhar sobre o trabalho destas autoras (e alguns autores) aqui presentes. No entanto, quase todas as peças incluídas pecam por uma certa rapidez de execução e uma certa qualidade titubeante nas ideias. Se a qualidade gráfica, tão diversa, não é colocada jamais em causa (sobretudo Marta Monteiro, Sónia Oliveira e Joana Sobrinho, e, claro, Ana Biscaia), em quase todos os casos a capacidade de escrita é algo consternadora, ora perdendo-se em exercícios adolescentes e solipsistas, ora em géneros de aventura de acção mal desenvolvidos, ora anedotas cujo sentido escapará mesmo aos mais dados à apreciação do nonsense ou do experimentalismo formal. As excepções a partir da qual é permitido algum prazer da leitura são as histórias de Ana Biscaia, a qual nos apresenta quatro páginas do que poderíamos imaginar ser uma léria onírica, próxima de uma Feuchtenberger dada ao fado vadio, e Joana Sobrinho, que nos oferta uma curta história desagregada, composta como que de flashes ou notas de um diário da personagem “Natália”, peças desirmanadas a partir da qual construiremos esta vida urbana e deprimente, se grandes promessas de vir a entender o que é a felicidade (seja qual for a forma que venha a tomar). Marta Monteiro é uma herdeira de autores como Isabel Carvalho, Pedro Nora e Pedro Burgos, e é na mesma esteira gráfica e de escrita que opera; porém, a história parece mais fruto de um breve pensamento do que de uma estruturação aturada e ressente-se por isso. E “Annusshka, a boneca”, de Andreia Rechena, recorda muitas das curtas histórias da revista Visão, em que se nota uma aliança intrínseca entre a aparente candura do seu tema e elementos a uma mais temível avaliação da condição humana. Finalmente, a opção de algumas autoras em utilizarem o inglês (com gralhas, limitações estilísticas e pobreza de experiência humana) não se torna uma mais-valia.
O maior de todos os tesouros. Carlos Rocha (Bedeteca de Beja). Último título da colecção toupeira, este livrinho de Carlos Rocha é talvez o que mais próximo está de uma tradição vetusta de banda desenhada. Essa é a sua fortaleza e a sua fraqueza, a um só tempo. A dado momento, uma das personagens, sob os efeitos de uma pancada na cabeça e que parece enumerar “verdades”, reza o seguinte: “Há tipos que não desenham népia mas julgam-se grandes artistas, e nós sem coragem de dizer-lhes na cara a verdade, mas nas costas deles e entre amigos fartamo-nos de rir”. É claro que é um abuso da minha parte querer julgar um entendimento nesta frase mais concreto, mas é de facto uma frase daquelas típicas de se ouvirem quando se fazem, mormente no nosso país, tipologias entre trabalhos onde o espaço de manobra é exíguo, a divergência contra-producente e a falta de visão dessa perspectiva preocupante. Carlos Rocha não é dos que desenham “népia”, bem pelo contrário, tem todos os dons necessários à prossecução desta história de malfeitores numa estranha história numa Idade Média de comédia; tem também uma ideia o mais equilibrada possível para a construção de uma arco narrativo auto-suficiente e de, no seu interior, provocar pequenas tensões entre cada parte; e ponderou acertadamente nas tipologias das personagens e seus dialectos. No entanto, e como dissemos, talvez seja mesmo esse o problema. É impossível ler O maior de todos os tesouros (que se revela ser tanto um chavão que se torna a paródia final do livro, imediatamente desconstruída) sem estar a pensar e a fazer associações directas e constantes com toda a saga de Astérix ou da sua breve imitação portuguesa, Tónius, O Lusitano de Tito e André (o rosto do “intelectual” do bando de ladrões é a cara chapada de Acidonitrix, d’O Grande Fosso), ou outras bandas desenhadas (tipificadas por anos de empregar estratégias similares; e o rosto do príncipe recorda uma versão de banda desenhada de Abott, em voga em Portugal nos anos 70 em “gibis” brasileiros da Abril, na revista O Gordo e o Magro). A utilização de piadas contemporâneas (o “cala-te” a Chávez do Rei de Espanha) ou “privadas” (uma coruja passa carregando uma personagem tirada dos desenhos de Susa Monteiro), o humor linguístico (em tornos dos constantes pleonasmos do líder da bandilha, de palavras difíceis, etc.) e a ultra-tipificação das personagens (inclusivamente o politicamente incorrecto e datado “negro” no fim) contribuem para a construção de um livrito classicamente competente mas, por isso mesmo, talvez desarticulado da contemporaneidade.
Venham + 5. AAVV. (Bedeteca de Beja). Depois do gigantesco número anterior, com participações de tantos autores, esta publicação “regressa a casa”, como reza no editorial, ou melhor, à prata da casa, ainda que haja a participação de outros “forasteiros” com quem o colectivo Toupeira se irmanou ou mesmo enamorou, como Pedro Brito, com uma simples, mas eficiente e até bela, curta história, e Ken Niimura com um elíptico relato da entrada na vida adulta de uma rapariga. Por razões que provavelmente são tão claras e repetidas e sobejamente conhecidas que se tornam inócuas de salientar, ou até de indicar, sai Paulo Monteiro e Susa Monteiro, coração duplo deste. Susa Monteiro oferta-nos “O infeliz destino de Sebastião Salvador”, que parece ser uma mescla de romance de cordel do século XIX com os neo-realismos do XXº, passando pela vontade de criar ficção de acção com paisagens alentejanas: quatro páginas de uma espécie de pequeno evangelho, quiçá apócrifo mas indubitavelmente hagiógrafo, deste bandoleiro do pós-Guerra Civil Portuguesa. Paulo Monteiro tem duas páginas onde conta uma brevíssima anedota que nos faz oscilar entre o macabro e o humor, como se de dois espelhos gémeos se tratassem, cada um desses elementos exacerbando o outro. Pedro Nogueira continua a dar vazão à sua notável lavra de revisitações pós-modernos de contos tradicionais, mas em nada ganha aqui com a colaboração de duas escritoras, colaboração que não salva de erros ortográficos, estilísticos e de apresentação gráfica que se tornam ainda maior estorvo num conto que se deseja tomar de um modo mais poético que os demais. Os outros projectos aqui apresentados são mais imberbes, mas acreditemos, com o colectivo Toupeira, que se destinam ao desenvolvimento de crescimento autoral dos seus intervenientes.
Defier no. 1. Ricardo Venâncio (El Pep). Ricardo Venâncio entrega-se a uma saga que bebe de todas as características narrativas de uma certa banda desenhada japonesa contemporânea, na qual participam, por exemplo, Dragon Head, de Minetaro Mochizuki, e Blame! de Tsutomu Nihei: histórias que começam não só in media res, isto é, sem quaisquer introduções e explicações mas que nos colocam num momento de pleno desenvolvimento dos eventos desse mundo diegético, como também em meio da acção, lançando-nos num ritmo acelerado e vertiginoso de nódulos dramáticos, cinéticos, de confronto... No caso de Blame!, por exemplo, é preciso avançar uns quantos volumes desse tipo de acção, em que tudo ocorre mas em que nenhum mapa nos é oferecido para que possamos fazer as ligações necessárias à construção de um trama ou de um significado geral da história. Defier é assim, colocando-nos na senda de uma misteriosa personagem, que leremos imediatamente como um vingador, um justiceiro, solitário como manda a lei da ficção, em confronto com um bando de vilões (violentos até ao ponto do abjecto, pela maldade e imoralidade: raptam crianças, são canibais). Este episódio desenha-nos em traços gerais o mundo em que Defier vive e demonstra-nos o que poderemos contar dele, e dos seus aparentemente invencíveis poderes físicos de combate, mescla de muitas figuras da ficção (Batman/Demonlidor, monge Shaolin e John McClane). No entanto, Venâncio desvenda tanto parte da rede da backstory como do que poderemos aguardar nos próximos episódios (se levarmos seriamente que se pretende enquanto série de continuação), quer através do tom do narrador extradiegético que apresenta a história num tom paternal e bíblico quer através do suplemento no fim da publicação com sketches e um longo texto explicativo. Sempre considerei que este tipo de material é supérfluo nestas fases iniciais, correndo-se o risco de haver uma certa soberba da parte do autor nas promessas e intenções que deseja desde logo revelar (e receber elogio por elas, supõe-se) em vez de as ir concretizando e dando ao escrutínio e apreciação do público. No entanto, a máquina editorial e criativa em que Ricardo Venâncio se inscreve, assim como as suas qualidades individuais de trabalho, faz acreditar há de facto uma geração interessada em trabalhar nos círculos comercialmente independentes fórmulas criativamente comerciais, uma possibilidade de trabalho no nosso “mercado”. A opção pelo preto-e-branco compreende-se pelas razões financeiras da sua edição, mas a contrastação com o trabalho de cor da capa e a verificação que muitas das vinhetas abusam do espaço branco e dos traços cinéticos à la mangá para “fundos” das acções das personagens (isoladas assim nas vinhetas), contra algumas outras prenhes de detalhes e de ambientes visuais complexos, faz imaginar que outras opções seriam possíveis, garantindo maior “peso” visual às acções retratadas. Leitores de Kamandi ou fãs de Mad Max ou de toda a charanga pós-apocalíptica encontrarão aqui uma variação desse tema que promete um desenvolvimento singular, mas teremos de esperar pelos próximos episódios para nos apercebemos o quão singular será.
Mocifão. Untxura, Nuno Silva e Nuno Duarte (El Pep). Esta personagem tem todas as típicas características daquelas que vivem no universo relacionado com os livros El Pep, onde elas são brutti, sporchi e cattivi. É óbvio que não queremos reduzir as capacidades e trabalho individual dos autores, colocando-as sobre a sombra de Pepdelrey, mas este actua sem dúvida enquanto mentor, agregador, ou pelo menos gestor das sinergias criadas por um grupo mais ou menos organizado, que partilha espaço de trabalho, estratégias de criação, e sobretudo uma indómita vontade em concretizar os seus desejos de criar banda desenhada, sob a forma de publicações concretas, acabadas e “profissional”. Seria ou é fácil olhar para esta personagem mirrada, careca, com uma fácies de javali, e anti-social, como uma espécie de variação sobre o Skin, de Peter Milligan e Brendan McCarthy, mas onde fosse retirada a dimensão política, o retrato social, a pertinência contemporânea, e fosse introduzida uma dose maciça de humor escatológico. Entende-se, portanto, estarmos perante um rol de anedotas e não de uma obra com “preocupações”. A reacção mais esperada é a de um portentoso “Oi!” Livro feito de curtos episódios em torno desta personagem, se as primeiras histórias giram em torno de fezes, urinas, arrotos, moncos e flatulências, as últimas são antes paradoxos existenciais, em que a personagem “vive a vida ao contrário” ou “se perde a si mesma”. Os desenhos de Nuno Duarte são competentes para este tipo de trabalho, e apresentam-se sob várias formas e técnicas (cor, linhas, etc.), mas estas acabam por ser mais uma forma de demonstração variegada do que uma exactidão conforme a cada história.
Mais uma vez, tal como no título anteriormente discutido, se faz a opção pelo inglês, tendo em vista a sua distribuição, ou pelo menos venda, nos circuitos internacionais de festivais, exposições, etc., pela qual os autores e editor se movem com frequência. É desejar-lhes boas navegações.
Egg. Hard-Boiled Stories #1. Eric Skillman et al. (edição de autor). Esta publicação diferente das anteriores apenas pela razão de ser estrangeira, mas uma vez que conta com um trabalho de Jorge Coelho, e estando disponível em Beja, acaba por cair sob a força da gravidade das anteriores. Uma vez que todo o material desta pequena publicação se encontra online, no site do autor, convidar-vos-ia a lê-las para poderem apreciar as suas qualidades. Todas as histórias são escritas e coloridas por Skillman, e conta com a participação de cinco artistas, cada qual responsável por uma das cinco histórias, que nada têm em comum a não ser o facto de se integraram, por linhas muito gerais, no género indicado pelo subtítulo da publicação. No entanto, mesmo tendo em conta a vida dessa mesma tradição no campo da banda desenhada, não estamos perante em David Lapham, um Bendis, ou algo que o valha... As histórias são pequenos chavões onde o que fica por dizer não é muito, e é claro demais. Alguns dos desenhadores parecem ser clones de outros (Willumsen bebe de Paul Pope, Dellagata de vários, de Mignola ao já citado Lapham). A benesse desta publicação é termos acesso a mais uma prova do trabalho de Jorge Coelho, que não precisa (mas merece) destas incursões no “lá fora” para demonstrar o que vale. Infelizmente, há nesta história de oito páginas um número considerável de vinhetas (20 em 61) ocupadas por rostos vistos de frente, o que leva não só a um empedernimento do fluxo da narrativa, como a uma maior concentração da expressividade das personagens nesses mesmos rostos e menos no corpo, levando a uma dimensão caricata que não estaria, julgo, prevista. A história em si é demasiado linear para ter algum interesse que sobreviva à sua leitura primeira.

Nota final: agradecimentos aos compadres de Beja, da organização do Festival, pela sempre excelente capacidade de anfitriões, pelas ofertas das publicações, a Pepedelrey pela oferta das suas publicações, e a Daniel Maia pelo zine all-girlz. A todos, um bem-hajam. O vídeo é caseiríssimo e serve para "darem uma vista de olhos" em todas estas publicações. Participação/interrupção especial por Miki.

1 comentário:

teresa disse...

gostei do video ,faz isso mais vezes
já sei que isto não é o m. l. o.
(ministério leitura obrigatória)
quanto ao resto:
sintetiza(meu)
a palavra mágica é precisão (accuracy )
treina ...treina...
e não dês tanta porradinha:editar bd em portugal já é uma cruz pesada q.b.
já há mais gente a fazer que a ler e tu ainda assustas os poucos leitores que sobram
gostaste da mostarda ?