27 de julho de 2018

Madoka Machina # 6. André Pereira (Polvo)


O projecto de maior fôlego, até à data, de André Pereira, chega ao fim. A sua leitura
não foi propriamente suave, uma vez que o autor apresentou uma narrativa não apenas densa na sua tessitura diegética como estruturalmente complexa, com laivos de experimentalismo na composição de páginas que obrigava a mudar de regime visual e e leitura a cada capítulo. Estamos em crer que a sua leitura de uma assentada, num putativo “livro” de quase 100 pranchas, revelará ser talvez mais compensador e a sua eficácia mais coesa. Todavia, essa coesão pela completude será ao mesmo tempo um convite a reler cada um dos números, e compreender quais as estratégias certeiras que levaram a essa opção, inclusive aquelas que têm a ver com a materialidade do projecto (isto é, não somente o que tem a ver com um ritmo de trabalho e exposição, recompensa financeira e de circulação, etc.). (Mais) 

26 de julho de 2018

Malditos Amigos/Que Deus te Abandone. André Diniz, com Tainan Rocha (Polvo)



Por razões de vária ordem, tentaremos experimentar notas mais breves de leituras de alguns títulos, já que se têm acumulado demasiados títulos nos últimos meses, e poucas oportunidades de nos sentarmos para escrever de forma consequente. Comecemos com dois livros da autoria do autor André Diniz, agora radicado em Lisboa, entre nós, pela Polvo. (Mais) 

18 de julho de 2018

Lá fora com os fofinhos. Mariana Pita (Chili Com Carne/O Panda Gordo)


Na lógica da colecção da Mercantologia (aqui com apoio d'O Panda Gordo), como havíamos aventado a propósito de Bruma, este volume reúne toda uma série de materiais que a autora havia publicado em formatos variados, de fanzines individuais a publicações antológicas e outros objectos, transformando essa oferta num conjunto coerente e coeso que poderá iluminar a assinatura de Mariana Pita, não apenas no que diz respeito à sua abordagem gráfica mas às suas preocupações de representação e temáticas. (Mais) 

13 de julho de 2018

Colaboração com a "Mundo Crítico".

Serve o presente post para anunciar que foi lançada oficialmente ontem o segundo número da revista Mundo Crítico, uma publicação da Associação para a Cooperação entre os Povos, que reúne uma série de entrevistas, ensaios e artigos em torno das questões da cooperação, colocando esta edição sob a égide do tema da "inovação".

Ora, deve-se este anúncio ao facto de que, a partir deste número, passamos a participar nesta publicação num papel duplo. Em primeiro lugar, contribuiremos com um ensaio que tanto procurará responder à temática proposta como possibilitando uma ligação, por mais ténue que seja, com a segunda parte, adiante explicada. A resposta ao tema, naturalmente, criará ligações com as matérias que mais nos ocupam o tempo. É por essa razão que nos focámos aqui no filme Black Panther, de Ryan Cooger, para auscultar uma das dimensões mais interessantes desse filme: a sua capacidade de re-imaginar um pais africano detentor de uma autonomia tecnológica total, permitindo, por sua vez, resgatar um poder identitário de uma imaginação africana não-subsumida a sistemas imaginados "de fora". Assim, escrevemos "Black Panther: deitar abaixo os obstáculos de imaginar outra coisa". 

Em segundo lugar, asseguraremos um papel de curadoria de uma nova secção de banda desenhada, intitulada "Ecos Gráficos", nas quais convidar-se-ão e coordenar-se-ão trabalhos inéditos de autores portugueses ou a viver em Portugal que respondam, de alguma forma, às mesmas preocupações temáticas. Nesta primeira aventura, Darsy Fernandes apresenta-nos a história de duas páginas "P.A.L.O.P."

Ficam aqui os agradecimentos ao Alain Corbel, pela possibilidade de contacto, e à Dra. Fátima Proença e a toda a equipa da ACEP responsável pela publicação.

1 de julho de 2018

Introdução à Filosofia em Banda Desenhada. Michael F. Patton e Kevin Cannon (Gradiva)


Na esteira de toda uma produção de livros de banda desenhada que procuram popularizar, sobretudo junto a um público mais jovem, ou alargado, ou apressado, etc., temas de alguma complexidade através de discursos mais simples mas não menos sistematizados e sempre com humor e a facilitação permitida pela camada visual, este livro é uma espécie de súmula da história da filosofia ocidental. De certa forma, Larry Gonick é o percursor imediato deste projecto, com os seus variadíssimos guias disciplinares e a sua História Universal, igualmente publicada pela Gradiva, a qual também lançou recentemente os primeiros volumes da colecção Pequena Bedeteca do Saber. Mas poderíamos citar ainda projectos tão distintos tais como Dinosaur Empire! ou os Science Comics para um público infantil, ou o projecto mais ensaístico de Jens Harder... (Mais)