Saberão os leitores deste espaço que não é do nosso gosto construir discursos de hierarquias, escalas mensuráveis de "qualidade" e de "sucesso" ou outros espartilhos do género (estrelinhas, bolinhas, numrações, pontos, etc.). Os livros devem ler-se individualmente, procurar-se os instrumentos de crítica no seu interior e nas linhas que criam, etc. O campo é demasido extenso e variado para encontrar critérios universais de seja o que for.
No entanto, repetindo-se o convite do ano anterior feito por Paul Gravett, destacamos no site do mesmo, em inglês, cinco títulos da produção nacional do ano de 2011 que julgamos de algum interesse divulgar num contexto internacional, informado como pode ser por uma variedade de perspectivas. Não abdicámos da nossa visão pessoal, que poderá não contemplar obras de maior sucesso comercial mas bem mais convencionais e pouco convincentes, a nosso ver, na conquista de um patamar estético mais contemporâneo.
Ligação directa à nossa lista, aqui.
26 de fevereiro de 2012
5 obras de banda desenhada portuguesa: para Paul Gravett.
Publicada por Pedro Moura à(s) 6:40 da tarde
Etiquetas: Colaborações
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4 comentários:
Das 5 obras conheço apenas as obras do Ricardo Cabral e do David Soares. Honestamente não vejo qualidades em ambas merecedoras de tão grande distinção dada pelo Pedro Moura. São obras com qualidade, sem dúvida, mas são obras medianas.
Apesar de ter havido em 2011 uma grande agitação editorial, não me parece que a fartura tenha dado boa colheita.
Lili
Cara Lili,
Em nenhum lugar digo que são obras que sobreviverão ao cômputo final do Juízo da Terra, mesmo à luz das produções desses autores. Mas no quadro do que foi publicado no ano de 2011, e para um destaque secundaríssimo numa plataforma internacional, penso que são esses os títulos que poderiam atingir uma atenção mais alargada. Nada mais, e isso é deixado bem claro no meu texto.
É por isso que não gosto de listas, pois dão a ideia de ser algo definitivo, quando é puramente circunstancial.
Ainda assim, no nosso panorama, o que sugeriria como alternativa?
Obrigado,
Pedro Moura
Li de facto muita BD nacional. Infelizmente reina a mediocridade. Num país em que alguns dos críticos principais consideraram nas suas listas o Pizza Boy como a melhor obra portuguesa de 2011, é caso para perguntar… anda tudo doido?
Lili
Anda. E só pode andar.
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