Este pequenino livro é a adaptação da tese de mestrado da autora, em História da Arte e Estudos Cinematográficos, sendo Delporte igualmente artista de banda desenhada, tendo publicado uma espécie de diário “solto” no seu blog, Le Dernier kilomètre, e, mais recentemente, pela Koyama, no ano de 2013, um colorido e livre Journal.
Querendo apenas fazer uma breve apresentação do volume e contestar uma sua metodologia, seremos relativamente breves. O advento de toda uma série de ferramentas e plataformas digitais implicaram, desde logo (e como em qualquer momento de novo advento tecnológico, da escrita à imprensa, passando pelo rádio e cinema), um processo de remediação. A autora emprega este conceito de modo directo, a partir de uma famosa obra de J. D. Bolter e R. Grusin, Remediation: Understanding New Media, no qual os autores formulam esse novo conceito, ou uma nova maneira de entender um conceito herdado de McLuhan como “a lógica formal através da qual novas tecnologias mediáticas refabricam formas mediáticas anteriores”. Isso permite uma análise de qualquer nova tecnologia a partir da perspectiva de entender como é que ela negoceia uma qualquer forma anterior. No caso presente, esse é desde logo um problema de partida. A autora não é suficientemente flexível na consideração das categorias que indica e pretende analisar, criando, por um lado, considerações de géneros literários (a “autobiografia”), e por outro, de suportes tecnológicos (“álbum”, “graphic novel”, “blog”, etc.). Ainda que a autora compreenda que não segue uma ideia desincorporada de “conteúdos” e “formas”, ainda assim ela acaba por abrir espaço a alguns mal-entendidos nesse sentido. (Mais)
27 de fevereiro de 2014
La bédé-réalité. Julie Delporte (Colosse)
Publicada por Pedro Moura à(s) 2:45 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Academia, Autobiografia
25 de fevereiro de 2014
Dois títulos. Isabel Minhós Martins e Madalena Matoso/Bernardo Carvalho (Planeta Tangerina)
Publicada por Pedro Moura à(s) 2:38 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Ilustração, Infantil, Portugal
23 de fevereiro de 2014
Iron: Or, the War After. Shane-Michael Vidaurri (Archaia)
O livro lança-nos de imediato no interior de uma confluência de géneros, por um lado um género narrativo, o da histórias de guerra, espionagem e traição, e os preços “humanos” a pagar nesse conflito, por outro um de género-estilo, uma vez que temos animais antropomorfizados no centro das acções. Mas se não cremos na equação separável de uma forma e de um conteúdo, este é um daqueles casos em que a conjunção não funciona, a um grau tal que mostra a distância entre uma e outro. (Mais)
Publicada por Pedro Moura à(s) 11:33 da manhã 0 comentários
Etiquetas: EUA
21 de fevereiro de 2014
Zoom. Istvan Banyai (Kalandraka).
Publicada por Pedro Moura à(s) 10:41 da manhã 0 comentários
Etiquetas: EUA, Ilustração, Infantil
16 de fevereiro de 2014
How to Look. Ad Reinhardt (David Zwirner/Hatje Cantz)
Publicada por Pedro Moura à(s) 12:30 da tarde 2 comentários
Etiquetas: EUA, Territórios contíguos
9 de fevereiro de 2014
Dois livros. André Diniz (Desiderata)
Publicada por Pedro Moura à(s) 3:17 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Brasil
7 de fevereiro de 2014
A Kick in the Eye. AAVV (auto-edição)
Publicada por Pedro Moura à(s) 11:16 da manhã 1 comentários
Etiquetas: Experimental, Territórios contíguos
5 de fevereiro de 2014
Duas peças no The Lisbon Studio Mag #5.
O primeiro é um exercício oulipiano ilustrado por Noémia Neres, e o segundo é uma espécie de sword-and-fantasy com Sérgio Sequeira, e que poderá vir a ser parte de algo ligeiramente maior.
Leiam directamente aqui.
Os nossos sentidos agradecimentos aos editores do TLSMag, assim como à disponibilidade (e paciência) dos artistas.
Publicada por Pedro Moura à(s) 2:39 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Colaborações, Portugal
3 de fevereiro de 2014
978. Pascal Matthey (La cinquième couche)
Pascal Matthey é um autor irrequieto, que não deseja ficar confinado a apenas um território da banda desenhada, experimentando vários caminhos, alguns dos quais podem ser, até certo ponto, entendidos como convencionais e regrados por expectativas mais naturais, como no caso do seu semi-autobiográfico Pascal est enfoncé, mas com muitas linhas de pesquisa gráfica que poderiam ser entendidos como experimentais, como no caso dos trabalhos não assinados no seu fanzine Soap. (Mais)
Publicada por Pedro Moura à(s) 12:42 da tarde 1 comentários
Etiquetas: Experimental, França-Bélgica
1 de fevereiro de 2014
Best of 2013: para Paul Gravett.
Consultem aqui.
Publicada por Pedro Moura à(s) 1:01 da tarde 2 comentários
Etiquetas: Colaborações