Como ocorreu em várias ocasiões anteriores, a crítica mais estritamente literária é remetida para o canto mais confortável e noutras companhias do Cadeirão Voltaire. A chama e as cinzas é um longo ensaio entre o concentrado e o descontraído, o teórico e o impressivo, entre o hausto longo e a recordação por marcos. O seu objecto é a mancha da literatura portuguesa que se alastrou em contínuas e cada vez mais abertas diferenças internas depois do 25 de Abril, verdadeira data que opera uma transição, mas sem que se torne fronteira absoluta. Associada a um gesto de mostrar "para fora" este estranho animal indomado, as lições de João Barrento, cujo peso no estudo da literatura portuguesa (e outras!) é indesmentível, são prenhes e necessárias, nestes tempos de distracções com coisas que podem ser muito sonantes, muito brilhantes mas não são mais que o reflexo do sol momentâneo sobre as espumas...
Texto aqui.
15 de novembro de 2016
A chama e as cinzas. João Barrento (Bertrand), no Cadeirão Voltaire.
Publicada por Pedro Moura à(s) 8:44 da tarde
Etiquetas: Colaborações, Portugal
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