5 de dezembro de 2006

Chris Ware na New Yorker.

Tal como no caso de umas belíssimas capas de livro ilustradas por autores do nosso gosto, serve este post apenas para um pequeno aviso, já que o não encontrei noutro lugar mais acessível entre a "comunidade bedófila"...
A New Yorker, uma conhecidíssima revista que sempre albergou a banda desenhada, o cartoon e a ilustração de uma maneira honrada e mais do que digna (basta ver uma mera lista dos artistas que por ela passaram), apresenta agora uma banda desenhada do inimitável (sem que com uma possível imitação se caia no ridículo) Chris Ware.
Esta banda desenhada é feita de quatro "pranchas", que ocupam quatro capas alternativas da revista (deve ser influência da Marvel), e ainda uma banda desenhada interior. Podem ver tudo aqui, assim como escutar uma curta mas interessante explanatio do próprio Ware. A banda desenhada ronda a história de uma família, desde a II Grande Guerra aos nossos dias, o tema do Dia de Acção de Graças (o dia da família, nos Estados Unidos, que ocupa o nicho cultural do nosso jantar da Consoada) como ponto, a um só tempo, agregador e segregador. É precisamente por essa razão dúplice que, e como não poderia deixar de ser, a estruturação das vinhetas, a organização temporal, enfim, a tressage (para falar como Groensteen), é complexa e intricada. A sua leitura atenta e completa é que estabelecerá as relações entre todas as personagens, espaços, e acções, e um sentido último.
Boa leitura.

Sem comentários: