9 de outubro de 2019

Cortázar. Marc Torices e Jesús Marchamalo (Presque Lune/Nórdica)



É naturalmente discutível quando se utilizam hipérboles a declarar este ou aquele escritor, esta ou aquela obra, como “uma das maiores de sempre”, quando não existem qualificativos, contextos ou pelo menos uma qualquer inflexão que explicite a emergência dessa hierarquização imediata. Se se utiliza esse termo comparativo, quais os outros termos contra os quais ele mesmo se estabelece? As mais das vezes, e é esse um movimento perigoso, a ideia está em que essas declarações, desprovidas desse mesmo contexto, apontam a uma espécie de consenso cultural, em relação aos quais aqueles que não o partilham são vistos como desmerecedores sequer de consideração. (Mais)